Estreia Do Var Na Javari Termina No Empate Com Arbitragem Polêmica
Por: Hamilton Kenji em 27 mar 2024
O duelo grená nas quartas de final da Série A2 fica no 1 a 1. Juventus e Ferroviária decidirão quem prossegue
A esperada estreia juventina na fase de mata-mata do Paulistão Série A2 mostrou que o Estádio Conde Rodolfo Crespi tem condições estruturais para receber a modernidade do VAR, ainda que a tecnologia pareça não combinar muito com o ambiente tradicional de suas instalações.
Os caminhões geradores e transmissores de imagens em alta definição, mais os geradores (em São Paulo, nunca se sabe quando serão necessários e por quanto tempo) ocuparam espaço estacionados na Rua Javari. O estádio foi pintado e todo preparado. A chuva que caiu incessantemente até horas antes da partida, parou.
Quase 4 mil pessoas compareceram. E todas elas viram o VAR ser acionado pela primeira vez em uma partida na história centenária do Juventus e octogenária do Estádio Conde Rodolfo Crespi, justamente em lance prejudicial ao Juventus.
O lateral esquerdo Caxambu deu uma entrada por baixo, mas sua perna acertou a bola, o suficiente para seu pé se erguer e atingir o adversário em posição mais perigosa. O cartão amarelo inicialmente dado ao camisa 6 foi convertido em vermelho, após o árbitro ir ao monitor do VAR instalado entre os velhos bancos de reservas da Javari e rever o lance.
A perda de um homem forçou Sergio Soares a sacrificar um de seus jogadores de frente para recompor a defesa. Guthierres saiu e Cesinha Bernardino assumiu o posto do lado esquerdo. A mudança, a princípio, deixou o meio de campo grená despovoado, permitindo que a Ferroviária chegasse.
André Dias, substituindo o então titular Caio, suspenso para esta partida, fez sua primeira atuação no ano. Repetindo suas atuações que o tornaram respeitado pela torcida juventina, André fez defesas difíceis e importantes para manter o placar inalterado.
Depois de sofrer pressão, foi a vez do Juventus ir à frente. Marcel ficou endiabrado e fez fila dentro da área, caiu e pediu pênalti. Antes que pudessem reclamar, Justino cruzou e a bola bateu no braço do zagueiro. Pênalti. Léo Castro bateu deslocando o goleiro.
Era tudo o que o Juventus precisava. Com a vantagem, a equipe grená se reorganizou. Rubim recuou para fechar o meio campo e apenas Léo Castro ficou à frente.
Mas foi Rubim quem teve chances de ampliar, após arrancada de Justino, que pôs o camisa 7 de frente para o gol, que não saiu.
Na volta do intervalo, Justino deu lugar à Cesinha, finalmente voltando de contusão, para alívio da torcida mooquense, que até temia que ele fosse cortado da segunda fase, caso não tivesse condições de jogo.
Ainda no início da etapa complementar, Marcel deixou o campo de maca. O lateral, que substituía o suspenso Arthur, viu-se às voltas com lesões por todo o campeonato. Diego Ferreira, que o rendeu, também sofreu com contusões, o que possibilitou ao prata da casa Arthur assumir o posto na maior parte das jornadas.
A Ferroviária voltou a pressionar pelo empate e chegou a anotar. Mas o ataque afeano estava impedido, o que foi confirmado após checagem do VAR. Não foi a última vez que os árbitros de vídeo trabalharam.
Aos 27 minutos, a Ferroviária chegou ao empate, mas na origem da jogada, Léo Castro havia recebido bola na frente e partia em direção ao gol. O zagueiro, que tocou mal na bola permitindo o avanço do atacante, o agarrou de forma ostensiva, cometendo falta clara e grotesca. Pelo menos foi a visão de todos os juventinos no estádio. Mas a falta não foi dada e o lance não revisado. O VAR apenas conferiu se havia impedimento ou não no gol da Ferroviária.
A partida ficou mais tensa e nervosa até o final. O time afeano ainda teve um jogador expulso nos últimos minutos, após levar o segundo cartão amarelo.
Desta forma, o Juventus, com um jogador a menos na maior parte da partida, teve sua sorte no jogo mudada, e vai para Araraquara amanhã para jogo de volta. Quem ganhar passa. O empate leva a decisão para os pênaltis.
Campeonato Paulista Série A2
24/03/2024
Juventus 1 x 1 Ferroviária
Juventus: André Dias; Marcel (Diego Ferreira), Guilherme Mattis, Rayne e Caxambu; Betinho, Liberato e Guthierres (Cesinha Bernardino); Thiago Rubim (Jair), Léo Castro e Justino (Cesinha). Técnico: Sérgio Soares
Hamilton Kenji
É juventino e colecionador de camisas do Juventus. Mantém o blog mantojuventino.blogspot.com
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