Hora de união e o "Moocagate"

Por: Marcos "Marcuccio" Caiafa em 12 fev 2018
Ou a gente se une e propõe mudanças, ou a coisa desanda de vez.

Dentre as inúmeras mensagens de felicitações alusivas ao meu aniversário, confesso que uma em particular me fez refletir. Não que as demais tenham sido 'menos importantes ou tocantes'. De modo algum: Ser lembrado, por si só, já evidencia o reconhecimento, o carinho. Procurei agradecer, uma a uma, todas as mensagens que recebi, e (felizmente...) não foram poucas.

Mas vamos direto ao ponto - Recebi o seguinte e-mail da Associação Cresce Xavante (movimento independente criado em defesa do patrimônio material e imaterial do G. E. Brasil, mais conhecido como Brasil de Pelotas):

"Sempre tivemos na cabeça uma ideia: O G.E.Brasil será do tamanho que NÓS quisermos. E quando falamos em NÓS, estamos falando do torcedor Xavante. Isso porque somos diferenciados. Não vivemos de títulos, não torcemos na sala de casa, sentado no sofá. Somos ativos, estamos nas arquibancadas de qualquer estádio ou campo de várzea que existir, seja no Rio Grande do Sul, seja no Acre. Embora incomode muita gente, somos a maior e mais fiel torcida. Um raro caso de amor sem divisões!..."

Tão logo li este texto, algumas frases já me fizeram pensar. E, ao pesquisar sobre a referida associação, achei mais que louvável a iniciativa de torcedores se unirem em defesa de um clube, promovendo ações, longe das 'politicagens' que lamentavelmente são regra (e não exceção) no "Império de Nero". Aliás, Del Nero...

Sim, um clube é concebido à imagem e semelhança da ambição e perseverança de sua torcida. Seu tamanho (metaforicamente falando é claro) espelha o comprometimento de torcida, elenco e, sobretudo seus dirigentes. Há uma sublime diferença em 'ser pequeno' e 'pensar pequeno'. Pretender ser ad eternum "o segundo de muitos' pode ser conveniente e comovente. Até quando ? Como a aguerrida torcida xavante, nós, juventinos não vivemos de títulos e igualmente fazemos parte dos que amam independentemente de divisões.

Ou a torcida (genuniamente) juventina se une e propõe mudanças, ou num futuro próximo seremos apenas um nome no passado. Para os degustadores de cannolo bastará procurar outro local. Para os verdadeiros torcedores grenás, restará o vazio em seus corações.

Pra terminar, sobre o escândalo das gravações do presidente do CAJ que foram fartamente divulgadas pela mídia (um obscuro MOOCAGATE...) só gostaria de lembrar que o exemplo de Nixon em 1974 seria a saída - por assim dizer - menos indigna. É só levantar e abrir os braços, fazer o sinal de "V" com os dedos e cair fora.

Antes que o próximo a CAIR seja o próprio Juventus.

Tá difícil. E ganhar só de W.O., não dá. Forza, Juve. FORZA.




Foto Autor
Marcos "Marcuccio" Caiafa
Paulistano, juventino, exilado em Curitiba. Escreve para a página Casa Nostra, no Facebook

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