Indiana Jones
Por: Marcos "Marcuccio" Caiafa em 02 out 2016
De Indiana Jones, louco e juventino, todo mundo tem um pouco
De Indiana Jones, louco e juventino, todo mundo tem um pouco.
Eu tenho muito. Do Indiana e em ser juventino. Doido? Bom, deixa pra lá...
Acho que sou na verdade um historiador frustrado e arqueólogo digital. Sim, sou capaz de varar madrugadas, não de chapéu, chicote e picareta na mão, mas navegando, atrás de imagens raras, fatos históricos do nosso Juventus.
Numa comparação bem sem-vergonha, o Santo Graal desta arqueologia digital juventina é encontrar uma - eu disse UMA - mísera foto de Cesar Luis Menotti com a camisa do Juve. É...
O Juventus foi o último time que o viu em campo como jogador, lá pelo final da década de ´60. Já encontrei pequenas matérias e citações do Magro (El Flaco), como é seu apelido na Argentina. Mas imagem que é bom, nada. Quem sabe um dia.
E a nossa maior conquista? O Brasileiro de 83, a Taça de Prata (para os modernos)?
Acabou eternizada numa reportagem muito da sem graça da revista Placar, "A pequena grande festa". OK, não somos nem nunca fomos um clube de massa. Mas o tom da pauta beira o depreciativo. Tentei, em vão, encontrar outras matérias sobre o feito. Nada. Uma capa da Gazeta Esportiva e olha lá.
Quando comecei a escrever pelo Juve no Canelada, a minha escolha sobre o texto inaugural recaiu sobre nosso fiel guardião da Javari, nosso Professor Clóvis Nori (um dia, ainda faço uma tatuagem dessa estátua no antebraço direito). Mas outro colunista juventino, o Caio di Pacce já havia escrito, coincidentemente, seu primeiro artigo no site em 2010, chamado "Ode ao Clóvis Nori". Deixei quieto. Na época, pesquisei meio por alto maiores informações sobre Nori. Me surpreendi pela escassez. Pior, ele é mais lembrado por estar no jogo que Pelé fez seu gol mais bonito do que propriamente seu legado no Juventus. Revoltante.
Sobre as excursões de 1953 e 1972 encontrei mais em sites estrangeiros do que brasileiros. Aprendi a escrever Γιουβέντους Βραζιλίας, (Juventus do Brasil) em grego. Em italiano me garanto, bello. E por falar na excursão de 72 à Grécia, ao postar imagens na minha página no Facebook, a Casa Nostra, conheci o Adriano, filho do inesquecível Antoninho Minhoca. E de novo fiquei decepcionado ao tentar encontrar algo na internet sobre ele, que foi ídolo no Vasco, no Coritiba e no Náutico. Ver tantos boleiros, de talento curto, mas de ambição imensa sendo babados, idolatrados me enraivece. Gente que nunca honrou uma camisa, que não está nem aí pro torcedor. Lamento.
Só sei que o nosso maior patrimônio é imaterial. É a nossa História. Solenemente ignorada. Cabe a mim, à nós, juventinos, mantê-la viva. VIVA O JUVENTUS!
Dedico este post aos meus amigos Juliana Costa e Adriano Thomazette.
Juliana escreve no blog Apaixonadas por futebol e Adriano é dono da página Antoninho Minhoca no Facebook, em memória de seu pai.
Marcos "Marcuccio" Caiafa
Paulistano, juventino, exilado em Curitiba. Escreve para a página Casa Nostra, no Facebook
Atenção: Este texto representa a ideia do autor e não necessariamente a opinião
do juve.com.br ou da torcida juventina. Utilize o espaço de comentários abaixo para
debater de forma saudável os assuntos com o autor e com os outros leitores. Comentários
que o juve.com.br identificar como inadequados serão removidos sem aviso prévio.
Compartilhe este artigo com seus amigos:
Comentários