Ela, a Vitória

Por: Marcos "Marcuccio" Caiafa em 14 fev 2017
Ela veio como um sonho assim daqueles lúcidos...

Ela veio como um sonho assim daqueles lúcidos, encheu a gente de expectativas, foi embora. Do mesmo jeito que veio. Sem a gente esperar. E a gente gostou. Pior, se acostumou mal.
Sim, Vitória. Você se fez presente, nesta Copinha que lavou nossa alma. Contra o adversário preferido, na garra. De virada, contra aqueles que adoram virar uma mesa. Sob temporal. Com Sol escaldante. Uma campanha onde vimos meninos lutarem como homens. E, mesmo vencidos, não foram derrotados - mas aclamados, reconhecidos, por nossa torcida grená.

Mas veio a A2. E ela veio de cara já ameaçadora, regulamento alterado: Seis equipes cairão este ano. E a estreia, naquele sábado de casa cheia - de esperança e torcedores - terminou num empate com o amargor típico da perda. Que não saiu da boca contra o Água Santa e persistiu no jogo com a Penapolense. Vimos no intervalo de poucos dias a vibração de um (mais que) honroso 3o. lugar, da Copinha, dar lugar à desolação de uma incômoda lanterna na A2. O grito de "vamos subir" entalado na garganta. E o fantasma da A3, logo ali, atrás da porta.

Neste 12 de fevereiro de 2017 você (finalmente) voltou pra nossa casa, cara Vitória. A gente estava com saudades, sabe? Você veio bem na hora que a gente mais precisava. Eu sei, eu sei: Foi de novo na marra, na garra. Que poderíamos ter ganho de mais. Que desperdiçamos muitas, muitas chances.
E tudo bem se você achou que deveria ser por um a zero mesmo.

Mas o importante é que você se fez presente na Rua Javari nr. 117, Vitória.

E é uma pena eu morar tão longe, minha querida - queria te levar pela mão, aí mesmo, e te fazer presente não só no (sagrado) gramado do nosso campo, mas fora dele também. Um time vencedor começa fora das quatro linhas, nos bastidores. Desde a Presidência, passando por diretores, conselheiros. Empresários. Esses onze aí no gramado, de camisa grená e calção branco são apenas o reflexo do que se espelha nos bastidores, minha caríssima Vitória. E já que falamos em espelhos, vamos abdicar de toda e qualquer vaidade, meus amigos. Menos "eu". Mais "nós".
Em nome do Juventus. Do bairro que te abraça. Dessa cidade que te acolhe.
E de tantos que amam, mundo afora.

PS 1a. Parte: Queria me desculpar publicamente aos meus amigos da Web Radio Mooca por ter prejudicado a vinheta da abertura na transmissão de hoje... E agradecer aos elogios também!

PS 2a. Parte: Desejar toda a sorte do mundo ao casal que no intervalo, no meio do campo, juraram amor eterno... Que o San Gennaro, onipresentemente tatuado - os abençoe, todos os dias...

Foto Autor
Marcos "Marcuccio" Caiafa
Paulistano, juventino, exilado em Curitiba. Escreve para a página Casa Nostra, no Facebook

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